As intensas precipitações registradas
nos meses de abril, maio e início de junho na região de atuação da COTRIMAIO,
provocaram perda de qualidade no grão da soja safrinha, no milho safrinha,
atrasaram a implantação das lavouras de trigo e levaram toneladas de solo
fértil para o leito dos rios. O tema
conservação dos solos vem a tona com muita força, pois a formação de uma camada
de solo leva centenas de anos e para torná-la fértil para a produção agrícola
exige muito trabalho e investimentos pesados em insumos e manejos
conservacionistas.
O Gerente de Produção da COTRIMAIO,
Engenheiro Agrônomo Charles André Neuhaus, frisa que a temporada de chuvas
torrenciais passa e ficam os prejuízos, exigindo ações práticas com o objetivo
de evitar que esta perda continue. "A retirada da base larga e curvas de nível
facilitando a mecanização das áreas e
outras praticas similares tem sido um dos grandes motivadores dessas perdas. É visível as diferenças entre áreas próximas
com a mesma declividade manejadas de forma diferente, onde uma tem uma enorme
perda enquanto que a outra não", frisa ele reforçando que precisamos de forma
urgente reavaliar alguns procedimentos.
Ele lembra que práticas simples que já
foram muito usadas e hoje abandonadas fazem uma grande diferença quando falamos
em conservação de solo, dentre elas podemos citar a semeadura em nível, onde
cada sulco funciona como uma barreira, evitando que a agua escorra e quando
parar a chuva ela infiltre mantendo a umidade no solo e a cobertura vegetal, o
processo de colher e semear não deixando a terra descoberta por muito tempo,
com isso evitando o impacto da chuva direto no solo, que desencadeia todo um
processo de erosão, além da manutenção de uma palhada, visto que para termos um
plantio direto de qualidade precisamos aportar no solo em torno de dez
toneladas de palha ao ano. Para maximizar seus resultados e evitar desperdícios
o produtor deve fazer um planejamento anual de sua propriedade, sendo fundamental
o acompanhamento técnico.
A perda de camada fértil de nossas
lavouras implica diretamente na capacidade produtiva das lavouras, gerando
impacto econômico nos anos seguintes, além de provocar o assoreamento dos rios,
ampliando ainda mais os danos ambientais.
Fonte:
Jorge Medina - Assessor de Comunicação da COTRIMAIO