Justiça nega reabertura do caso da morte da mãe de Bernardo


O juiz Marcos Luís Agostini, da comarca de Três Passos (RS), negou o desarquivamento do inquérito sobre a morte de Odilaine Uglione, mãe do menino Bernardo. O pedido havia sido feito pela mãe de Odilaine, Jussara Marlene Uglione, que afirma que surgiram novas provas indicando que a filha não cometeu suicídio, mas foi assassinada. A decisão ocorreu na terça-feira e foi divulgada nesta segunda.

Segundo a defesa de Jussara, foram encontradas lesões no antebraço direito e lábio inferior de Odilaine, além de vestígios de pólvora na mão esquerda da vítima, que era destra, entre outros informações de laudo pericial. A defesa afirma ainda que há suspeita sobre a necropsia, já que o técnico responsável é sogro de um primo de Leandro Boldrini, viúvo de Odilaine e pai de Bernardo. Leandro está preso suspeito de participar da morte do menino.

Conforme o juiz, não há no pedido a indicação de algo que modifique a conclusão chegada através de outras provas pela polícia. O Ministério Público (MP) também foi contra a reabertura.

Parecer do MP cita a opinião de um perito para esclarecer a presença de pólvora na mão esquerda - a mãe de Bernardo teria utilizado as duas mãos para fazer o disparo. As lesões, afirma o MP, são resultado de punções em um hospital quando enfermeiros e médicos lutavam para salvar a vida de Odilaine.

O Ministério Público entendeu também que não há prova de amizade ou vínculo de familiaridade entre Leandro e o perito da necropsia. O juiz concluiu, com isso, que o pedido é baseado apenas em alegações e não pode ser acolhido.

Marlon Adriano Balbon, que representa a avó de Bernardo, diz que não é possível recorrer a esse tipo de decisão. Ele afirma ainda que irá discutir com Jussara, mas não há nenhum passo planejado na questão da reabertura do caso de Odilaine.

FONTE: Terra

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