Emater divulga expectativas de plantio e colheita de safras do próximo ano


Durante o tradicional café da manhã para os jornalistas do setor agropecuário, nesta terça-feira (29), a Emater divulgou os dados referentes à próxima safra de verão 2017/2018. Estudos esclareceram a previsão de plantio e de colheita das safras que serão colhidas no próximo ano e que começam a ser plantadas em breve.

Segundo os técnicos da instituição, haverá redução em algumas áreas de plantio de milho, de arroz e de feijão. A soja, em comparação ao ano anterior, poderá ter um pequeno aumento, de 3,16%, na área cultivada. O levantamento foi feito em 425 municípios, totalizando 93% da área a ser cultivada com arroz, 81% com feijão da primeira safra, 90% para milhão grão, 88% para soja e 86% para milho destinado à silagem. Os cálculos de produtividade são baseados nas médias municipais verificadas nos últimos 10 anos. Os estudos são feitos pelos técnicos da Emater, presentes em 493 municípios do Estado.

O secretário do Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo, Tarcisio Minetto, disse que "a previsão é de que não teremos uma safra recorde como a deste ano, mas é fundamental que tenhamos produção, mesmo com qualquer adversidade que possa ocorrer". E ressaltou que, apesar das primeiras estimativas da Emater indicarem uma redução, "não devemos considerar uma diminuição grave, pois tivemos uma super safra neste ano".

A área total a ser plantada no Rio Grande do Sul na safra de verão 2017/2018 deverá chegar aos 7.578.522 hectares, 1,01% a mais do que os 7.502.876 hectares do ano anterior. Ainda que a área seja maior, a produção esperada é 10,09% menor do que no ano passado, quando foram colhidas 33.305.533 toneladas. Para a safra atual são esperadas 29.942.825 toneladas. "A produção que foi projetada para a atual safra, apresenta um volume que está acima da média das últimas cinco safras em mais de 900 mil toneladas", avaliou. Minetto também enfatizou a necessidade de investimento em pesquisa e logística.
Para o secretário Minetto, ainda que sob o ponto de vista financeiro a previsão não seja tão boa como na última safra agrícola, o produtor vai ter que avaliar e analisar as condições de plantio. "O governo do Estado estará dando subsídio através do BRDE, Badesul e Banrisul para que todos tenham condições de produzir". 

Avaliação da Safra

Na previsão dos técnicos da Emater, a cultura do arroz deverá ocupar 1.100.818 hectares, área 0,33% menor do que os 1.104.494 hectares da safra passada. Segundo o presidente da Emater, Clair Kuhn, a produção também terá uma variação negativa de 0,96%, caindo de 8.613.467 toneladas colhidas em 2017 para 8.531.024 toneladas em 2018. A produtividade média esperada é de 7.750 quilos por hectare. Da mesma forma que a soja, o feijão primeira safra também terá uma área maior.

A estimativa inicial da Emater é de que serão plantados 43.708 hectares, 2,85% a mais do que os 42.498 hectares. Mesmo a área sendo maior, a produção projetada para este ano é 18,91% menor do que a do ano passado, o que significa uma redução de 74.949 toneladas para 60.775 toneladas. A produtividade esperada é de 1.390 quilos por hectare, valor 21,17% menor do que a anterior.

A projeção para o milho grão é de uma área plantada em torno de 11,65% menor do que a do ano anterior, que teve 827.651 hectares plantados. A safra, que já teve o plantio iniciado deverá ocupar 731.216 hectares. Mas a expectativa de produção também é negativa, para 2017/2018. A estimativa é de que a colheita fique em torno de 4.597.066 toneladas, o que representa menos 23,87% em relação às 6.038.683 toneladas colhidas no ciclo 2016/2017. A produtividade média projetada pela Emater é de 6.287 quilos por hectare, menos 13,9% do que o obtido no ano passado.

O milho destinado à silagem deverá ter uma produtividade média de 37,5 toneladas por hectare, número 3,51% menor do que o obtido no ano passado. A produção esperada é de 14.576.663 toneladas, 1,85% a menos do que as 14.850.966 toneladas colhidas em 2016/2017. A área plantada projetada é de 388.711 hectares, 1,16% maior do que os 382.590 hectares da safra passada.


Texto: Margareth de Paula

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