RGE destaca o consumo mais eficiente de energia com o fim da venda de lâmpadas incandescentes


Presente durante décadas na vida de milhões de residências brasileiras, as lâmpadas incandescentes deixam, em definitivo, de fazer parte do cotidiano da população a partir desta quinta-feira.  A partir de hoje (30/07), passa a vigorar a proibição para a importação, a comercialização e a fabricação deste tipo de lâmpada em todo País. Daqui para frente, apenas poderão ser vendidos para a população os modelos halógenos, fluorescentes, fluorescentes compactos e LED.

Embora seja um dos ícones da história da energia, a restrição à utilização das lâmpadas incandescentes começou em 2012, como reflexo do avanço de novas tecnologias mais eficientes. Naquele ano, o governo federal iniciou a proibição da venda de equipamentos com potência superior a 150 W. No ano seguinte, os modelos entre 100 W e 60 W foram retirados das prateleiras e, em 2014, entre 60 W e 40 W. Agora, a legislação eliminou do mercado as lâmpadas com potência inferior aos 40 W.
 
De acordo com o coordenador do Programa de Eficiência Energética da Rio Grande Energia (RGE), Odair Deters, o principal ganho para a população com a substituição das lâmpadas é a economia financeira a longo prazo. Uma lâmpada incandescente, em média, tem uma vida útil de 750 horas, ao passo que as fluorescentes têm 6 mil horas e as de LED podem passar das 25 mil horas.
 
"Durante muito tempo, não houve o desenvolvimento de novas tecnologias em lâmpadas. Isso mudou nos últimos, e novos processos passaram a ser utilizados. Por isso, ainda existe um impacto maior no custo inicial de aquisição das lâmpadas fluorescentes e de LED. Mas o investimento é compensado com a vida útil delas e, principalmente, com a economia no consumo de energia", explica Deters.
 
A economia de energia, segundo o coordenador da EE, pode chegar até 85% no comparativo entre os equipamentos incandescentes e os de LED. Já uma lâmpada fluorescente gera uma economia de até 75% se comparada com um modelo comum que produz a mesma luminosidade. "As lâmpadas incandescentes emitem cerca de 5% da energia que consomem em luminosidade, sendo que o restante é transformado em calor. Por isso, esta lâmpada não é um equipamento eficiente", acrescenta. O calor emitido também contribui para aumentar a temperatura do ambiente, colaborando para o maior uso de ar-condicionado e refrigeradores durante os meses do verão.

Outro ponto destacado por Deters é relacionado à cor da luz. Com a evolução da tecnologia, alguns equipamentos de LED já conseguem se aproximar do tom mais amarelado, associado ao maior conforto, produzido pelas lâmpadas incandescentes, não deixando os ambientes tão brancos, uma das principais queixas de muitos consumidores. Com a inserção de novos produtos no mercado, a tendência é de que a composição dos ambientes fique cada vez mais agradável e possa reproduzir qualquer tipo de iluminação que antecedeu a tecnologia de LED.

A RGE, nos últimos anos, já investiu mais de R$ 3,3 milhões na doação de lâmpadas eficientes para comunidades carentes por meio de seu programa de Eficiência Energética. Entre 2013 e 2015, a concessionária presente de 264 municípios do RS, doou 220 mil lâmpadas compactas para famílias cadastradas com a Tarifa Social. No ano passado, a Eficiência Energética da RGE destinou R$ 950 mil para a troca de 24 mil lâmpadas incandescentes por lâmpadas de LED. Neste ano, o projeto vai distribuir mais 20 mil lâmpadas, com um aporte de recursos de R$ 895 mil.

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