Rio Grande do Sul supera expectativas da ONU na redução de acidentes de trânsito


O Rio Grande do Sul superou, nos cinco primeiros anos, a meta de redução de óbitos no trânsito estipulada pela Organização das Nações Unidas (ONU) para a Década Mundial pela Segurança no Trânsito. A orientação da ONU era diminuir pela metade, até 2020, o número previsto de vítimas caso nada fosse feito para reverter a curva ascendente de mortes no trânsito. O Detran calculou a meta para o Rio Grande do Sul considerando a projeção de mortes. Para atingir essa meta, a redução deveria ser de 31% no período de 2010 a 2015. O estado superou esta tendência, e a redução em relação à projeção chegou a 36%, evitando a morte de 972 pessoas. A redução real foi de 20%.
Os dados foram apresentados no balanço estatístico de acidentes de trânsito e ações realizadas de 2010 a 2015, nesta terça-feira (10), no Palácio Piratini, pelo Detran/RS, numa cerimônia que contou com a presença do governador José Ivo Sartori. 
"Chegou a hora de olhar e pensar diferente. Esses índices são motivo para refletir a respeito da vida. O trânsito é tratado de forma banalizada e todo mundo, de uma forma ou de outra, se sente impune. Mesmo que tenhamos dificuldades financeiras, temos que enfrentar o problema e criar condições nas organizações sociais para o amparo e educação", afirmou o governador, que lembrou também que a conduta dos motoristas pode reverter os índices negativos. 
Segundo o diretor-geral do Detran, Ildo Mário Szinvelski, a redução nos índices de acidentes e a melhorias na segurança do trânsito são desafios constantes. Além da superação do índice proposto pela ONU, a diminuição do número de acidentes é outro dado a se comemorar. A maior redução de óbitos, desde 2007, foi registrada em 2015, quando, em relação ao ano anterior, foram 14,4% menos vítimas fatais (1.735 óbitos) e 16,1% menos acidentes (1.531 ocorrências), poupando 291 vidas. 
"O mais importante é que o Rio Grande do Sul está no caminho certo, da redução da acidentalidade, da sinistralidade, da preservação da vida. Matar e ferir no trânsito é matar e ferir como se fosse em qualquer outro local.  Intensificar a fiscalização é o farol a ser seguido pela comunidade do trânsito do Rio Grande do Sul", concluiu Szinvelski. 
Os dados estatísticos levaram em conta o crescimento de 1,7% da população do Rio Grande do Sul desde o lançamento da campanha, em 2010.  Com uma  população de 11,2 milhões de pessoas, o Rio Grande do Sul tem uma frota de veículos que cresceu 32% em cinco anos, contabilizando 6,3 milhões de veículos em 2015, e o cadastro de 750 mil novos condutores. Os órgãos de fiscalização desenvolveram ações de comunicação e educativas para prevenir acidentes e infrações como a Balada Segura e Viagem Segura, com ações em feriados e datas especiais.  

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