Chegou de São Paulo um dos carros mais antigos do Brasil para participar do 4º encontro de carros antigos de Tuparendi


No dia 03 de junho de 2015, chegou em Tuparendi, o Ford T 1923, proveniente da cidade de São Paulo, veículo este que estará participando do 4º Encontro de Carros Antigos de Tuparendi, evento que será realizado no dia 19 de julho, das 10 às 16 horas, defronte a Igreja Evangélica, por ocasião da 47ª Festa do Colono e Motorista.

O veículo foi adquirido por Leonel Felipe Kammer, apaixonado pelo antigomobilismo, proprietário também de um Fusca 1200 ano 1961, adquirido em 2012, em Montenegro-RS. No ano seguinte, em 2013, realizou o sonho de adquirir um Ford Phaeton 1929, proveniente de Santa Cruz do Sul-RS, mas este foi vendido para São Paulo em 2015, mas de lá veio o Ford 1923, um dos carros mais antigos do Brasil.

A história do Ford T 1923. Em meados do ano de 1923, um grupo de frieiras do Colégio Buenos Aires, situado na Rua Frontino Guimarães, Bairro de Santana, São Paulo - SP comprou o carro Ford Modelo T 0 km, que o usavam para andar nas redondezas do bairro ou quando iam ao lago dos japoneses, no Imirim. O carro foi utilizado pelas freiras até 1930, foi dado como forma de pagamento para o pedreiro do colégio, o mesmo nem ficou com o carro e o vendeu para o Sr. Cláudio Noronha, filho do construtor da famosa ponte Ercílio Luz, em Santa Catarina, que o usou até 1934, quando o guardou suspenso por cavaletes na garagem ao fundo de sua residência. Com o tempo, o carro foi esquecido no fundo da residência, Cláudio construiu uma padaria na frente de casa, assim o carro ficou preso dentro do imóvel por 68 anos. Em 2002, parte da padaria foi demolida para a retirada do carro e este foi reformado. Em 2007, foi comprado por Carlos Alberto e em maio de 2015 vendido para Felipe Kammer. O uso efetivo do carro foi somente de 1923 a 1934.

O Ford ano 1923 será a grande atração do encontro de veículos antigos de Tuparendi, até lá passará por uma lubrificação completa e por alguns reparos ocasionados pelo tempo.

 

Texto: Vilson Winkler


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